Por João Jacinto | Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa
Nas dunas atlânticas da Península Ibérica é possível encontrar um arbusto conhecido como camarinha, de seu nome científico, Corema album (L.) D. Don, tendo a sua distribuição sido recentemente alargada para a costa mediterrânica de Espanha e a costa Atlântica do oeste de França.
Esta espécie pertence à família das Ericáceas, família da qual também fazem parte plantas já bem estabelecidas como culturas, como é o caso dos mirtilos (Vaccinium spp.), e plantas que, tal como a camarinha, começam a ser alvo de investigação.
Um exemplo dessa investigação recente é o medronheiro (Arbutus unedo L.), com o intuito de que esta se torne uma nova cultura, integrando o mercado dos pequenos frutos.
As camarinhas são plantas dunares e dioicas, apresentando indivíduos masculinos e femininos. As fêmeas produzem bagas, na forma de drupa, que são comestíveis e que apresentam um sabor cítrico com um travo ligeiramente ácido.
Os frutos têm uma cor característica, o branco, que é um dos fatores que o torna uma novidade, uma vez que não existem muitos no mercado.
O seu valor nutritivo é elevado, apresentando também um alto teor em antioxidantes.
Características como estas são o que levam a que este fruto venha a ser comercializado. No entanto, para que isto aconteça, é necessário compreender melhor esta planta, tendo já sido feitos alguns estudos, provenientes de teses de mestrado.
A compreensão da fenologia da mesma é crucial para entender o seu desenvolvimento ao longo do ano, quer vegetativo, quer
reprodutivo.
Outro elemento também já estudado são as formas de propagação da camarinha, tendo sido feitos ensaios através de propagação seminal e de propagação vegetativa.
(Continua)
Nota: Artigo publicado na edição n.º 23 do Suplemento Pequenos Frutos.
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