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O ritmo a que a agricultura está a mudar aumentou vertiginosamente nos últimos anos. As tecnologias e a digitalização penetraram no setor e vão beneficiar a eficiência e a produtividade dos produtores agrícolas de todo o mundo.
Recentemente, Aidan Connolly, vice-presidente de Inovação da Alltech, publicou um artigo em que revela quais as tecnologias que, na sua opinião, terão o poder de transformar a agricultura, assim como os restantes elos da cadeia alimentar. Conheça-as.
Impressão 3D
As impressoras 3D já se tornaram numa tecnologia comum, apesar de o seu potencial não estar ainda bem explorado. Nos agronegócios, a sua aplicação poderá passar, por exemplo, pela criação de peças para reparar maquinaria agrícola, o que pode trazer ganhos ao nível autossuficiência.
E existem casos em que esta tecnologia vai ainda mais longe, como é o caso da Food Ink, uma empresa que oferece experiências gastronómicas com alimentos e utensílios criados através de impressão 3D. Não acredita? Espreite aqui.
Sensores
De acordo com Aidan Connolly, os sensores serão em breve a tecnologia digital “mais omnipresente na agricultura”, graças às enormes possibilidades que oferecem. Este tipo de tecnologia pode ser utilizada para analisar o ar, a água ou o solo e detetar problemas invisíveis ao olho humano.
As informações recolhidas são habitualmente analisadas e exibidas graficamente em computadores ou dispositivos móveis e oferecem aos produtores agrícolas previsões e soluções detalhadas para as suas explorações.
Inteligência Artificial
A par dos sensores, a inteligência artificial utiliza os dados recolhidos pelos sensores e converte-os em informação útil. De acordo com Connolly isto é particularmente útil porque a inteligência artificial faz com que as máquinas imitem funções cognitivas dos humanos como a aprendizagem, tornando-as bastante eficientes a longo prazo.
Blockchain
O vice-presidente de Inovação da Alltech acredita também que a blockchain será uma das maiores inovações no setor. No fundo, trata-se de uma cadeia de blocos que não é mais do que uma forma de recolher, interpretar e partilhar informações. Neste caso, a informação que segue a cadeia alimentar.
“Ter uma fonte sólida de informações confiáveis sobre os alimentos (incluindo onde foram cultivados, como foram processados, armazenados e transportados, quem estava no controlo em cada etapa) tem sido um desafio desde que as pessoas começaram a comprar alimentos. Hoje em dia, com uma cadeia alimentar cada vez mais global e requisitos de conformidade cada vez mais complicados, a cadeia de informação é mais importante do que nunca”, defende.