A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) emitiu esta segunda-feira (17 de junho) um comunicado em que defende que os “Governos têm participado ativamente na criação do ‘bode expiatório’ das parcelas alegadamente ‘sem dono conhecido’ como causa dominante da ocorrência dos ‘incêndios florestais e rurais’.”
“Bode expiatório esse, aliás já cego e coxo, de velho, a coberto do qual se pretende esconder as causas mais fortes e mais profundas que convergem para determinar o contínuo mau estado da floresta nacional e, em consequência, as causas primeiras dos violentos e extensos incêndios florestais/rurais. A CNA reafirma que as causas mais profundas que concorrem para que haja incêndios florestais cada vez mais violentos e extensos são, em síntese: a ruína da agricultura familiar e o êxodo rural, sobretudo em consequência da PAC, Política Agrícola Comum, e de políticas agrorurais de matriz mais nacional; a imposição de um tipo de floresta em regime de monocultura (super) intensiva de eucaliptos, em prejuízo da floresta multifuncional, o que também origina a falta de um correto ordenamento florestal e os continuadamente baixos preços da madeira na produção. Baixos preços impostos pela grande indústria de transformação, com a cobertura dos sucessivos Governos, e que não permitem uma gestão mais ativa da floresta por parte dos pequenos e médios produtores florestais”, defende a CNA.
A organização diz ainda que é urgente inverter estas más políticas agrícolas e florestais, até como criação de condições mais estruturantes para a prevenção eficaz dos grandes e violentos incêndios florestais e rurais.”
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Fonte: Vida Rural