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É já no próximo dia 11 de junho que a Feira Nacional de Agricultura recebe o seminário ‘Poderá a agricultura portuguesa usufruir das Novas Técnicas de Melhoramento?’, um evento organizado pelo CiB em parceria com a CAP.
O evento contará com a presença do economista agrícola britânico Graham Brookes, para apresentar e comentar o relatório da sua autoria ‘Vinte e um anos de milho resistente a insetos (GM) em Espanha e Portugal – contribuições agrícolas, económicas e ambientais.’
Destaque ainda para uma intervenção da investigadora espanhola Pilar Cubas sobre os aspetos científicos da edição do genoma e a ciência por trás das novas técnicas de melhoramento irá abrir este encontro, e para as intervenções da adida para a agricultura da Embaixada dos Estados Unidos em Espanha e Andorra, para falar dos aspetos regulatórios da edição de genoma. Para perspetivar o impacto que poderá ter o uso das novas tecnologias de melhoramento na agricultura em Espanha e em Portugal, estarão presentes como oradores o agricultor espanhol Pedro Gallardo, presidente da ALAS-Aliança para uma Agricultura Sustentável e vice-presidente da ASAJA- Associação Agrária de Jovens Agricultores, e o agricultor português José Palha, presidente da ANPOC-Associação Nacional de Produtores de Cereais e Diretor da CAP-Confederação dos Agricultores de Portugal.
De acordo com um estudo recentemente publicado, sobre os impactos económicos e ambientais do milho BT, geneticamente modificado (GM) resistente a insetos, na Península Ibérica, desde 1998, já cerca de cerca de 1,65 milhão de hectares foram semeados com milho com esta caraterística, o que resultou num aumento acumulado no rendimento dos agricultores de mais de 285,4 milhões de euros. Segundo os cálculos de Graham Brookes, “por cada euro extra gasto com as sementes GM em relação às sementes convencionais, os agricultores ganharam um adicional de 4,95 euros em rendimento extra.” No relatório pode ler-se que a tecnologia utilizada reduziu a pulverização de inseticidas em 678 000 quilos de ingrediente ativo (−37%) e, como resultado, diminuiu o impacto ambiental associado ao uso de inseticidas nessas culturas (em 21%, medido pelo indicador, o Quociente de Impacto Ambiental-EIQ).
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Fonte: Vida Rural