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A China é já o mercado de exportação mais atrativo para os produtores de vinho e exportadores, seguida do Japão, Hong Kong, Escandinávia, EUA e Canadá. A conclusão é do ‘ProWein Business Report’, que na edição deste ano ouviu 2364 profissionais da indústria, nomeadamente produtores, retalhistas e exportadores, para medir o pulso do setor.
Os dados agora divulgados mostram que a perceção de atratividade do mercado chinês para o setor vitivinícola corresponde aos crescentes aumentos de importações de vinhos do país, assim como aos aumentos de valor e volume das exportações para a China.
Para além da China, também o Canadá e a Austrália passaram a figurar no top dos países mais atrativos para as exportações do setor, enquanto mercados como a Coreia do Sul, Polónia e Suíça perdem este ano terreno.
Brexit está a impactar a atratividade do Reino Unido
O estudo da ProWein mostra também que a perceção de risco em relação às exportações para o Reino Unido continua a crescer, esperando-se que este seja um dos mercados com menor desenvolvimento até 2021. Por detrás da tendência, diz o estudo, está a crescente ‘batalha’ entre retalhistas e discounters, que tem levado os produtores de vinho a perder espaço de linear, mas também as incertezas económicas e legais relacionadas com o Brexit.
Oito em cada dez produtores esperam entrar em novos mercados
Para além disso, ficamos a saber que oito em cada dez produtores planeiam entrar em novos mercados nos próximos três anos para compensar as perdas de volume e valor em mercados mais saturados. No âmbito desta estratégia, os produtores e exportadores inquiridos acreditam que mercados como Singapura, República Checa e Taiwan vão tornar-se destinos de exportação de grande aposta nos próximos cinco anos. Por outro lado, os profissionais do setor veem pouco potencial para mercados como Vietname, Índia, Tailândia, Malásia, Filipinas e Indonésia.
Retalhistas apostam na origem ‘Portugal’
O estudo revela ainda que um em cada dois retalhistas planeiam aumentar a sua oferta de vinhos de novas origens que até aqui não haviam contemplado nos seus portefólios. Portugal, África do Sul e Argentina são, por isso, considerados pelos retalhistas boas adições a portefólios já existentes, com um em cada cinco retalhistas especializados e importadores a referir que planeiam incluir vinhos destes mercados na sua oferta.
Por outro lado, o estudo indica que a aposta nas vendas online continuará a crescer nos próximos anos. Atualmente, 38% dos produtores de vinho e 40% dos retalhistas especializados em vinhos revelam já ter a sua própria loja online. Contudo, se os retalhistas especializados já fazem 28% das suas vendas online, os produtores apenas vendem 5% através de e-commerce.
Conheça o estudo em detalhe aqui.