A campanha de cereais vai ter em 2018, pelo quinto ano consecutivo, uma diminuição de área instalada, prevendo-se «a pior dos últimos 100 anos», de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta terça-feira.
No que respeita aos cereais de outono/inverno, que incluem trigo, cevada, centeio, aveia e triticale, «as atuais previsões refletem uma redução da área, pelo quinto ano consecutivo, e posicionam a campanha de cereais de pragana como a pior dos últimos 100 anos», segundo as previsões agrícolas de janeiro do Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com o INE, prevê-se que este ano a campanha de cereais «atinja um mínimo histórico de 121 mil hectares, a menor área dos últimos 100 anos, desde que existem registos sistemáticos». Em 2017, os dados provisórios apontam para uma área de 131 mil hectares.
«A instalação dos cereais de outono/inverno decorreu em pleno período de seca meteorológica e com perspetivas de manutenção do quadro de escassez de precipitação, com teores de humidade dos solos muito baixos», o que «conduziu a uma diminuição generalizada das áreas destas culturas face à campanha anterior, que se estima de 5% no centeio e na aveia, de 10% no trigo mole, no triticale e na cevada e de 15% no trigo duro».
«As sementeiras mais tardias, finais de novembro, dos cereais de outono/inverno beneficiaram da precipitação da primeira quinzena de dezembro e germinaram bem», sendo que «a maioria das searas se encontra na fase de afilhamento, caracterizada pelo crescimento de caules, com povoamentos regulares e desenvolvimento vegetativo normal».¨+
O INE Adianta que foi possível fazer atempadamente as adubações de cobertura, ficando a sua absorção dependente dos níveis de precipitação futuros. «Para a aveia, cereal mais precoce, estima-se uma produtividade semelhante à alcançada na campanha anterior», refere o instituto.
Fonte: Lusa