Casta autóctone portuguesa
Sinónimos Reconhecidos: Não existem.
A utilização para plantações desta casta encontra-se em expansão, sendo actualmente de cerca de 2,4%.
Informação Viticert
Morfologia
Extremidade do ramo jovem: Aberta, com pigmentação antociânica forte e generalizada, com baixa densidade de pêlos prostrados.
Folha Jovem: Amarela com placas acobreadas, página inferior com média densidade de pêlos prostrados.
Flor: Hermafrodita.
Pâmpanos: Estriado de vermelho, gomos com fraca intensidade antociânica.
Folha Adulta: Média, orbicular, trilobada. Limbo verde médio, plano, bolhosidade média. Página inferior com média densidade de pêlos prostrados. Dentes médios e rectilíneos. Seio peciolar aberto, base em V, seios laterais em V aberto.
Cacho: Grande, cónico-alado, medianamente compacto. Pedúnculo comprido.
Bago: Arredondado, médio, negro-azul; película de espessura média, polpa mole.
Sarmento: Castanho escuro.
Dr. Eiras Dias INIAP-EVN
Fenologia
Abrolhamento: Precoce, 5 dias após a ‘Castelão’.
Floração: Precoce, 2 dias após a ‘Castelão’.
Pintor: Muito precoce, 9 dias antes da ‘Castelão’.
Maturação: Época média, uma semana após a ‘Castelão’.
Dr. Eiras Dias INIAP-EVN
Fisiologia
Sensível ao stress hídrico. É das primeiras castas a sofrer com a falta de água. Sensível à cigarrinha verde e à podridão.
Apodrece com facilidade. Bago sensível ao sol, engelhando, concentra o açúcar mas a qualidade é baixa.
Dr. Eiras Dias INIAP-EVN
Valor genético
Variabilidade intravarietal do rendimento intermédia.
Prof. Antero Martins ISA
Casta classificada
Vinho de qualidade DOC: “Porto”, “Douro”, “Alenquer”, “Torres Vedras”, “Ribatejo”.
Vinho regional: “Minho”, “Trás-os-Montes”, “Estremadura”, “Ribatejano”, “Terras do Sado”, “Alentejano”.
Informação Anuário IVV
Descrição geral
Sensível ao excesso de calor sobretudo com stress hídrico, que provoca escaldão do cacho. Cacho e o bago são grandes sendo o cacho pouco compacto. A película do bago é fina, daí a susceptibilidade à Botritis. Adapta-se a todos os compassos adequados à sua vigorosidade e à maioria dos porta-enxertos, em função do tipo de solo e do nível de produtividade exigida.
Descrição do vinho monovarietal
Origina vinhos macios, muito encorpados, ricos de cor e geralmente muito alcoólicos. Tem fraca acidez e aromas podendo conduzir a vinhos um tanto rústicos (Loureiro, 2005). O aroma é horizontal, ou seja, tem um acesso ao nariz lento, aveludado, delicado, como que pedindo que se mergulhe no seu interior. Esta sua característica aromática aberta e feminina contrasta bem com a da casta Roriz. O aroma floral aparece com mais frequência nos sítios mais húmidos e o aroma a frutos vermelhos em regiões mais quentes. O ataque na boca é aveludado, cheio, quente e terno (Almeida, 1990).
Qualidade do material vegetativo
Material policlonal garantia Porvitis. Material certificado JBP dos clones 9 e 129.
Alguns vinhos no mercado
Plansel monocasta (Alentejo), Quinta do Mosteirô e Quinta da Revolta (Douro), entre outros.