Castas de Portugal: Tália

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Casta autóctone portuguesa

Sinónimos Reconhecidos: Trebbiano Toscano (Itália), Ugni Blanc (França).

A actual utilização para plantações desta casta é inferior a 0,1%.

Informação Viticert

Morfologia

Extremidade do ramo jovem: Aberta, com orla ligeiramente carmim e elevada densidade de pêlos prostrados.

Folha Jovem: Verde com tons bronzeados, página inferior com elevada densidade de pêlos prostrados.

Flor: Hermafrodita.

Pâmpanos: Estriado de vermelho, com gomos ligeiramente corados de vermelho.

Folha Adulta: Grande, pentagonal, com três lóbulos. Limbo verde médio, irregular, bolhoso e enrugado. Página inferior com baixa densidade de pêlos prostrados. Dentes médios e convexos. Seio peciolar com lóbulos ligeiramente sobrepostos, base em V, seios laterais abertos, em V.

Cacho: Grande, cilíndrico, com a ponta bifurcada, medianamente compacto. Pedúnculo comprido.

Bago: Arredondado, médio e verde amarelado; película espessa, polpa mole.

Sarmento: Castanho escuro.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN

Fenologia

Abrolhamento: Tardio, 12 dias após a ‘Fernão Pires’.

Floração: Tardia, 9 dias após a ‘Fernão Pires’.

Pintor: Tardio, 12 dias após a ‘Fernão Pires’.

Maturação: Época média, uma semana após ‘Fernão Pires’.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN

Fisiologia

Porte semi-erecto. Vigor elevado. Rústica e muito produtiva.

Resiste à podridão, graças à película espessa do bago. Sensível ao oídio e ao vento.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN

Valor genético

Variabilidade intravarietal do rendimento ainda não estudado.

Prof. Antero Martins ISA

Casta classificada

Vinho de qualidade DOC: “Beiras” na sub-região Beira Alta.

Vinho regional: “Minho”, “Estremadura”, “Ribatejano”, “Terras do Sado”, “Alentejano”, “Açores”.

Informação Anuário IVV

Descrição geral

Provavelmente foi introduzida pelos romanos. Sensível às geadas de Inverno. Produções elevadas. Na poda deve ser compensado o vigor, através do número de gomos deixados. Os solos poderão ser pobres e o clima preferido é o seco.

Descrição do vinho monovarietal

Os vinhos desta casta apresentam-se claros e com ligeiros tons citrinos, com aromas de vinho jovem, fresco, fino e equilibrado, onde sobressaem notas de frutos verdes pouco maduros e de citrinos. Ao sabor, os vinhos desta casta mostram algum acídulo, com características frutadas e de juventude marcantes, mas o vinho tem tendência a envelhecer rapidamente e perder toda a sua qualidade.

Qualidade do vinho: Boa, no consumo no ano; corre o risco de não envelhecer bem.

Qualidade do material vegetativo

Casta internacional, há vários clones franceses – ENTAV

Alguns vinhos no mercado

Marachas – Tália Branco 2003, Adega Cooperativa de Almeirim.

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