Castas de Portugal: Sercial

0

Casta autóctone portuguesa

Sinónimos Reconhecidos: Conhecida por Esgana Cão no Continente.

A actual utilização para plantações desta casta é inferior a 0,1%.

Informação Viticert

Morfologia

Extremidade do ramo jovem: Aberta, com pigmentação antociânica muito forte e generalizada, e elevada densidade de pêlos prostrados.

Folha Jovem: Acobreada. Página inferior com elevada densidade de pêlos prostrados.

Flor: Hermafrodita.

Pâmpanos: Ligeiramente estriados de vermelho, com média intensidade antociânica nos gomos.

Folha Adulta: Média, pentagonal, com cinco lóbulos. Limbo verde escuro, ligeiramente revoluto, bastante bolhoso. Página inferior com elevada densidade de pêlos prostrados e média densidade de pêlos erectos. Dentes médios e convexos. Seio peciolar com lóbulos ligeiramente sobrepostos, com base em V, seios laterais fechados, com base em U.

Cacho: Médio, cónico alado, com várias asas, compacto. Pedúnculo de comprimento médio.

Bago: Elíptico curto, pequeno e verde amarelado; película de espessura média, polpa mole.

Sarmento: Castanho escuro.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN

Fenologia

Abrolhamento: Época média, 4 dias após a ‘Fernão Pires’.

Floração: Época média, 2 dias após a ‘Fernão Pires’.

Pintor: Tardio, 10 dias após a ‘Fernão Pires’.

Maturação: Tardia, duas semanas após a ‘Fernão Pires’.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN

Fisiologia

Porte prostrado. Vigor médio a elevado. Sensível ao oídio e à Botrytis. Muito sensível à carência de boro.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN

Valor genético

Variabilidade intravarietal do rendimento elevada.

Prof. Antero Martins ISA

Casta classificada

Vinho de qualidade IPR “Lafões”.

Vinho de qualidade DOC “Porto”, “Douro”, “Bucelas”, “Madeira”.

Vinho regional “Minho”, “Trás-os-Montes”, “Beiras” nas sub-regiões Beira Alta e Beira Litoral, “Estremadura”, “Ribatejano”, “Terras do Sado”, “Alentejano”, “Açores”.

Informação Anuário IVV

Descrição geral

Casta de enorme variabilidade intravarietal relativamente à produtividade, as suas características muito favoráveis podem depender do clone e das condições edafo-climáticas.

Enologicamente, é uma casta melhoradora, devido à elevada acidez, mas também de interesse para vinho elementar de qualidade, em zona quente.

Descrição do vinho monovarietal

Do ponto de vista enológico, como casta elementar é interessante devido à sua elevada acidez. Quando em zona marítima (Bucelas), a acidez contribui para reforçar a tipicidade do Arinto, tem reduzida qualificação como vinho elementar (excepção na Madeira). Em zona quente, apresenta uma acidez mineral e cítrica, com excelente potencial de envelhecimento, aromas nobres, de frutos verdes e notas minerais. A principal finalidade desta casta é o melhoramento de outros vinhos de insuficiente acidez. Recomendação para lote: Boal, Rabo de Ovelha, Malvasia Fina, Síria, Trincadeira das Pratas, Bical. Vinho de excelente qualidade, dominada pela acidez. Pouca experiência profissional como vinho elementar, mas em zona quente (Douro, Alentejo) em microvinificação experimental, tem muito bom potencial.

Qualidade do material vegetativo

Material policlonal garantia Porvitis. Material certificado JBP dos clones 49 e 105.

Alguns vinhos no mercado

Artur Barros & Sousa, Sercial – 1988; Barbeito – Vintage Sercial – Madeira; Barbeito – 10 anos Sercial – Madeira.

Ler Artigo Original

Partilhar

Sobre o autor

Comentários fechados.

Powered by themekiller.com