Casta autóctone portuguesa
Sinónimos Reconhecidos: Não são conhecidos.
A actual utilização desta casta para plantações é inferior a 0,1%.
Informação Viticert
Morfologia
Extremidade do ramo jovem: Aberta, com carmim generalizado de intensidade média e baixa densidade de pêlos prostrados.
Folha Jovem: Acobreada, com página inferior glabra.
Flor: Hermafrodita.
Pâmpanos: Estriado de vermelho, com gomos ligeiramente vermelhos.
Folha Adulta: Média, orbicular, com três lóbulos mal definidos. Limbo verde médio a escuro, irregular, medianamente bolhoso. Nervuras principais ligeiramente avermelhadas na base. Página inferior glabra. Dentes médios e convexos. Seio peciolar pouco aberto a fechado, em V, seios laterais abertos, em V.
Cacho: Médio, cónico-alado a cilindro-cónico, bastante compacto. Pedúnculo de comprimento médio.
Bago: Arredondado, pequeno e verde-amarelado; película de espessura fina, polpa de consistência média.
Sarmento: Castanho amarelado.
Dr. Eiras Dias INIAP-EVN
Fenologia
Abrolhamento: Precoce, 1 dia após a ‘Fernão Pires’.
Floração: Época média, 3 dias após a ‘Fernão Pires’.
Pintor: Tardio, 10 dias após a ‘Fernão Pires’.
Maturação: Época média, uma semana após a ‘Fernão Pires’.
Dr. Eiras Dias INIAP-EVN
Fisiologia
Porte semi-erecto. Vigor forte. Medianamente produtiva.
Possui rebentação múltipla.
Sensível ao oídio e à podridão.
Dr. Eiras Dias INIAP-EVN
Valor genético
Variabilidade intravarietal do rendimento médio/alto
(CVG = 30,66%)
Prof. Antero Martins ISA
Casta classificada
Vinho de qualidade DOC “Porto”, “Douro”, “Terras do Sado”.
Vinho de qualidade IPR “Planalto Mirandês”.
Vinho regional “Trás-os-Montes”.
Informação Anuário IVV
Descrição geral
É uma das castas mais antigas, referida desde 1531 por diversos autores. É muito plantada na região do Douro sobretudo no Douro Superior, tem boa afinidade com a generalidade dos porta-enxertos. Não produz muito açúcar e a acidez das suas uvas conserva-se bem imprimindo frescura e equilíbrio aos vinhos. Casta resistente à oxidação, produz vinhos de aroma e sabor distintos e tem boa capacidade de envelhecimento.
Descrição do vinho monovarietal
O aroma é de intensidade mediana, doce, lembrando flores de laranjeira com algumas notas mais vegetais, sendo por vezes duro quando não atinge uma boa maturação. No gosto é equilibrado, fresco, com um gosto frutado satisfatório. Tem vivacidade e alguma persistência na boca (N. Almeida). Vinhos de elevado valor enológico quando bem vinificados. Perfil aromático discreto e muito sui generis. Grande vivacidade devido à sua acidez, excelente estrutura e final quase interminável (Loureiro).
Qualidade do material vegetativo
Material policlonal garantia Porvitis. Material em processo de admissão à certificação JBP.
Alguns vinhos no mercado
São muito raros os vinhos elementares. Niepoort (Redoma Reserva), Quinta do Carrenho (Dona Berta).