Casta autóctone portuguesa
Conhecida por Terrantez na ilha da Madeira.
A Portaria nº 428/2000, de 17 de Julho, apenas autoriza o uso do sinónimo Terrantez na rotulagem do VLQPRD Madeira. De realçar que a mesma Portaria refere três castas designadas Terrantez que são morfologicamente diferentes e diferentes da casta aqui descrita. A Terrantez, casta cultivada na região do Dão. A Terrantez da Terceira, casta cultivada na ilha Terceira. A Terrantez do Pico, casta cultivada na ilha do Pico.
A actual utilização desta casta em plantações é inferior a 0,5%.
Informação Viticert
Morfologia
Extremidade do ramo jovem: Aberta, com orla ligeiramente carmim, fraca densidade de pêlos prostrados.
Folha Jovem: Amarelada, página inferior com média densidade de pêlos prostrados.
Flor: Hermafrodita.
Pâmpanos: Verde, com gomos verdes.
Folha Adulta: Tamanho médio, orbicular, com três lóbulos. Limbo verde médio, plano, bolhosidade fraca. Página inferior com média densidade de pêlos prostrados. Dentes curtos e convexos. Seio peciolar pouco aberto, com a base em V, seios laterais abertos em V.
Cacho: Pequeno, cilindrico-cónico, compacto. Pedúnculo curto.
Bago: Arredondado, pequeno e verde-amarelado; película fina, polpa de consistência mole.
Sarmento: Castanho amarelado.
Dr. Eiras Dias INIAP-EVN
Fenologia
Abrolhamento: Precoce, simultâneo à ‘Fernão Pires’.
Floração: Precoce, 1 dia antes da ‘Fernão Pires’.
Pintor: Época média, 9 dias após a ‘Fernão Pires’.
Maturação: Época média, uma semana após ‘Fernão Pires’.
Dr. Eiras Dias INIAP-EVN
Fisiologia
Porte semi-erecto.Vigor médio. Produtividade média a baixa. Sensível ao oídio. Pouco sensível à escoriose.
Dr. Eiras Dias INIAP-EVN
Valor genético
Não está em estudo.
Prof. Antero Martins ISA
Casta classificada
Vinho regional: Minho, Trás-os-Montes, Beiras.
Vinho de qualidade: DOC Porto, DOC Douro, DOC Távora-Varosa e DOC Madeira.
Informação Anuário IVV
Descrição geral
Casta de amadurecimento médio mas precoce comparativamente a outras da região, a uva apresenta-se com bagos pequenos e duros, de cor verde amarelada. Elevada qualidade e potencial cultural mas infelizmente com fraca selecção de manutenção. Apresenta boa aptidão para a sua região, boa produtividade e um vigor de médio a elevado. A casta tem uma representatividade muito baixa nos encepamentos. O comportamento com os porta-enxertos 99 R, 1103 P e 140 Ru, no local observado, é bom.
Publicação Repsol/Prof. Loureiro
Descrição do vinho monovarietal
Do ponto de vista enológico apenas foi encontrado, como monocasta, em microvinificações experimentais. O vinho tem um sabor mineral com uma acidez dominante, a qual contribui para a elevada qualidade dos vinhos generosos em que participa.
Publicação Repsol/Prof. Loureiro
Qualidade do material vegetativo
Material de selecção JBP (sel. 284).
Alguns vinhos no mercado
Apenas microvinificações experimentais.