Casta autóctone portuguesa
É uma casta quase que exclusiva da região do Dão, não tem sinonímia.
A actual utilização desta casta para plantações é muito baixa, inferior a 0,5%.
Informação Viticert
Morfologia
Extremidade do ramo jovem: Aberta, com carmim intenso e média densidade de pêlos prostrados.
Folha Jovem: Amarela com tons bronzeados, página inferior com média densidade de pêlos prostrados.
Flor: Hermafrodita.
Pâmpanos: Verde, com gomos verdes. Gavinhas nos entrenós, acima do primeiro terço do pâmpano.
Folha Adulta: Pequena, pentagonal, com cinco lóbulos. Limbo verde médio, irregular, medianamente bolhoso e enrugado. Página inferior com fraca densidade de pêlos prostrados. Dentes curtos e convexos. Seio peciolar pouco aberto, com a base em V, seios laterais abertos em V.
Cacho: Pequeno, cilíndrico, medianamente compacto. Pedúnculo de comprimento médio.
Bago: Ligeiramente achatado, médio e verde-amarelado; película medianamente espessa, polpa mole.
Sarmento: Castanho amarelado.
Dr. Eiras Dias INIAP-EVN
Fenologia
Abrolhamento: Época média, 6 dia após a ‘Fernão Pires’.
Floração: Época média, 2 dias após a ‘Fernão Pires’.
Pintor: Época média, 9 dias após a ‘Fernão Pires’.
Maturação: Precoce, em simultâneo com ‘Fernão Pires’.
Dr. Eiras Dias INIAP-EVN
Fisiologia
Porte prostrado. Vigorosa. Mediana produtividade. Sensível à erinose. Adapta-se bem ao stress hídrico.
Dr. Eiras Dias INIAP-EVN
Valor genético
Não existem valores disponíveis devido à reduzida importância económica da casta.
Prof. Antero Martins ISA
Casta classificada
Classificada no DOC Dão, Vinho Regional das Beiras, Terras do Sado e no vinho regional alentejano.
Informação Anuário IVV
Descrição geral
Casta de elevado valor cultural. Vigorosa e produtiva, muito sensível à presença de vírus relativos a estes critérios. É uma das raríssimas castas que a nível mundial apresentam gavinhas nos entrenós superiores, o que a torna facilmente identificável nas vinhas da região. De maturação média e produção regular. Devido ao seu excelente perfil enológico esta é uma das castas mais notáveis do país e está agora também classificada no sul do país.
Publicação Repsol/Prof. Loureiro
Descrição do vinho monovarietal
Em termos enológicos é uma casta difícil, pois ao mínimo descuido oxida e perde os seus aromas delicados. Quando bem vinificada surpreende pela elegância e complexidade dos seus aromas, onde são perceptíveis algumas notas vegetais de pimento verde, algumas notas florais de rosa e violeta, algumas notas minerais de pederneira e notas frutadas de limão a que se associam, mais tarde, com o envelhecimento, aromas e sabores de avelã, pinhão e resina de pinheiro. Como grande casta que é, origina vinhos de grande longevidade e capacidade de envelhecimento, que surpreendem pela frescura e persistência na boca.
Publicação Repsol/Prof. Loureiro
Qualidade do material vegetativo
Não existe material vegetativo seleccionado oficialmente registado.
Alguns vinhos no mercado
Quinta dos Roques, Quinta de Carvalhais (Sogrape) e Quinta de Cabriz.
CVR Dão
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