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Carne de Charolês e Carne de Charolês Premium são as novas marcas registadas pela Charolês Portugal, uma recém-criada associação de produtores. Com sede nos Açores, esta associação conta com cerca de 30 produtores que representam perto de 60% dos criadores nacionais desta raça. A ideia é promover o associativismo, o melhoramento genético da raça e dinamizar o mercado de carne de qualidade.
Miguel Silvestre, presidente da Direção da Charolês Portugal, revelou à Vida Rural que a criação das marcas ‘Carne de Charolês’ pretende explorar nichos de mercado de qualidade, onde a restauração terá um papel decisivo: “Somos muito pequenos e por isso queremos fazer coisas diferentes e com valor acrescentado, com consequências na rentabilidade do produtor. Queremos dar a conhecer a nossa carne e a nossa marca e imprimir um maior dinamismo ao setor produtivo”, frisou.
Depois da criação destas marcas, a Associação está a aguardar aprovação pela Direção Geral de Veterinária para poder cogerir o livro genealógico da raça, atualmente sob gestão única da Associação Portuguesa da Raça Charolesa (a primeira associação a ser criada, em 1989).
A Charolês
É provavelmente uma das raças mais utilizadas em todo o mundo, sobretudo em cruzamento industrial e a que tem mais capacidade de transformar kg de alimento em kg de carne). A Charolês apresenta-se como uma carne tenra, de cor rosada, com ligeira infiltração de gordura intramuscular, suculenta e de textura suave. Na sua versão premium, a cor pode ir de rosado a rosado escura, com alto teor de infiltração de gordura intramuscular, grande suculência e textura suave.
Quanto aos animais, a associação destaca 10 características principais: facilidade de parto, rusticidade, docilidade, qualidades maternais, prolificidade, capacidade de crescimento, desenvolvimento muscular, precocidade, rendimento da carcaça e rentabilidade do produtor.