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Eduardo Oliveira e Sousa, Presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), defendeu na passada semana que é preciso um plano nacional que dê resposta à situação de “catástrofe” que atravessa a agricultura nacional. De acordo com o responsável, que deu uma entrevista ao Jornal de Negócios, o país está a definhar devido à seca.
Este alerta surge depois de terem sido publicados dados pelo INE que apontam para uma redução da área de cultivo de cereais de inverno que poderão empurrar a produção nacional para o seu mínimo histórico dos últimos 100 anos.
Para o Presidente da CAP, são precisas medidas extraordinárias para tirar o país da situação que atravessa, nomeadamente um Plano Nacional de Emergência que englobe vários ministérios e com medidas a curto, médio e longo prazo.
Para além disso, Eduardo Oliveira e Sousa refere que as linhas de crédito não resolvem o problema por serem “insuficientes” e “pouco adaptáveis” a situações de emergência, sugerindo, por exemplo, medidas como ajudas específicas à manutenção de animais e a simplificação das regras da PAC.
A 15 de fevereiro deste ano, cerca de 10% do território do país estava em situação de seca extrema.