Numa altura em que o setor dos cereais atravessa uma das suas crises mais sérias, fruto dos baixos preços pagos à produção, a forte dinâmica e vitalidade que caracteriza a fileira do milho em Portugal, levou a um aumento da sua área semeada.
Efetivamente e segundo os dados provisórios do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) e da Direção Regional de Agricultura dos Açores (Draca), a que a Anpromis teve recentemente acesso, a cultura do milho ocupa atualmente no nosso país uma área de 118 220 hectares.
Desta superfície, 70 078 hectares destinam-se à produção de grão e 48 142 hectares à produção de silagem.
Em relação aos anos anteriores, inverteu-se a tendência de decréscimo que se verificou nas últimas três campanhas, tendo havido um aumento de 2 553 hectares relativamente a 2017.
Na opinião da Anpromis, este aumento deve-se a dois fatores essenciais – redução da área de certas culturas arvenses de regadio e valorização da produção nacional de milho grão, que se traduziu numa maior procura por parte da indústria agroalimentar.
Analisando os dados por Direção Regional de Agricultura, a maior área de milho continua a verificar-se no Norte (42 499ha), seguindo-se o Centro (26 206ha), Lisboa e Vale do Tejo (22 828ha), Alentejo (14 447ha), Açores (12 232ha) e Algarve (42ha).
Por Distrito, a maior área de milho (grão e silagem) localiza-se em:
– Santarém: 19.507ha
– Braga: 15.756ha
– Porto: 13.303ha
A nível do Concelho a maior área de milho (grão e silagem) localiza-se em:
– Barcelos (6.382ha)
– Vila do Conde (4.638ha)
– Golegã (3.790ha)