Ambientalistas querem mais investimento na conservação da natureza

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Falta investimento e vontade política para a conservação da natureza: a crítica é de vários grupos ambientalistas que esta segunda-feira (22 de maio) estiveram reunidos no Instituto de Ciências Sociais no âmbito do seminário ‘Áreas protegidas: que modelo de gestão?’, organizado pela Observa – Observatório de Ambiente, Território e Sociedade

De acordo com a Lusa, Tito Rosa, ex-presidente do antigo Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade e atual líder da Liga para a Proteção da Natureza, defendeu que a “principal deficiência” das áreas protegidas é “o facto de sucessivos governos não investirem suficientemente”.

Já o presidente do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), Joanaz de Melo, referiu que “a missão de conservação da natureza não tem uma cobertura política séria” há vários anos, acrescentando que como estímulo à preservação da natureza, devem ser atribuídos “benefícios económicos” aos proprietários de terrenos enquadrados em áreas protegidas que “valorizem os ecossistemas”.

O presidente do ICNF, Rogério Rodrigues, também marcou presença no evento e afirmou que o Estado deve ser “o zelador dos valores naturais”, mas não pode deixar de “encontrar parcerias estratégicas” para assegurar estas tarefas.

E apesar das críticas em relação à falta de investimento na conservação da natureza, o presidente do ICNF invocou que, este ano, os fundos para a conservação da natureza aumentaram de 600 mil euros para 3 milhões de euros, o que irá permitir “alguma sustentabilidade” para os projetos, explicou. Para além disso, revelou que está prometida a contratação de 50 novos vigilantes da natureza.

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