Alentejo aposta em novas culturas para fazer face aos prejuízos causados pela seca

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A seca que o país atravessa está a levar os produtores agrícolas alentejanos a apostar em novas culturas que utilizem menos água. De acordo com a Lusa, existem já muitos produtores a virarem-se para culturas de inverno como o trigo e cevada.

Mário Carvalho, professor no departamento de Agricultura da Universidade de Évora, acredita que “se pretendemos resolver o problema da seca com a rega, nunca vamos ter água suficiente”. De acordo com o académico, no caso do Alentejo, a solução pode passar pela “maximização da produtividade da água”.

“Se a utilizarmos para regar culturas de outono-inverno conseguimos produtividade quatro a cinco vezes superiores às de regadio de primavera-verão”, refere. Contudo, para que esta estratégia seja viável, é preciso garantir uma boa drenagem dos solos, diz à Lusa.

Para além disso, Mário Carvalho explica que na zona de Alqueva o milho pode ser facilmente trocado por culturas de outono-inverno com produções “muito altas”. “Pode rodar com culturas forrageiras e depois com culturas hortícolas que gastam menos água e têm um valor económico superior”, refere.

Ana Costa Freitas, licenciada em Agronomia também ouvida pela Lusa, corrobora esta posição e diz que aposta em culturas tradicionais de sequeiro do Alentejo pode ser o caminho. Bernardo Albino, dirigente da Associação Nacional de Produtores de Cereais, é da mesma opinião e que essa proposta “tem futuro do ponto de vista do enquadramento ambiental e regional”.

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