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O acordo entre a União Europeia e o Mercosul está atrasado. De acordo com a agência Reuteurs os membros do bloco sul-americano mudaram as suas posições em assuntos que já estariam acordados. O Comissário europeu da Agricultura, Phil Hogan, de visita ao salão de máquinas agrícolas SIMA, em Paris, revelou à imprensa que espera resolver nas próximas semanas “a exigência dos EUA por uma parcela maior da cota de importação de carne de bovino. Houve alguns recuos por parte dos países do Mercosul em relação a alguns produtos em que já tínhamos chegado a um acordo em 2017. Lamento muito mas, ao que parece, há razões políticas nos países do Mercosul”.
A chanceler alemã Angela Merkel afirmou em dezembro passado que o novo governo brasileiro de Jair Bolsonaro tornaria mais difícil chegar a um acordo em discussões de longa data com o Mercosul, que inclui Argentina, Paraguai e Uruguai. O grupo sul-americano está a pressionar uma maior abertura da Europa aos seus produtos, principalmente a carne.
A Europa quer concessões em relação ao setor automóvel, peças automotivas, contratos públicos, setor marítimo, laticínios e indicações geográficas, antes da próxima ronda de negociações, em março, avançou Phil Hogan.
Sobre o pedido dos EUA por uma parcela maior das 45.000 toneladas de importação da União Europeia de carne de bovino livre de hormonas, o comissário europeu disse que espera que esta questão seja resolvida entre “quatro a seis semanas”.