Por António Pedro Tavares Guerra | Engenheiro Técnico Agrário, Licenciado em Engenharia Agro-Pecuária e Formador e Consultor Técnico em Nutrição Vegetal
Introdução
O pistácio pode desenvolver-se em diferentes solos, desde os ligeiramente ácidos até aos alcalinos.
No entanto, tem preferência pelos solos de textura franco-arenosa, profundos, bem drenados e com valores de pH entre 6 e 8.
Independentemente do tipo de solo há dois aspectos muito importantes para o sucesso desta cultura, que são a profundidade do solo, que vai condicionar a capacidade de absorção dos nutrientes e da água e consequentemente a produção e a boa drenagem (atenção aos solos com muita argila, mais de 40 %), que vai influenciar o bom estado sanitário da cultura.
A fertilização dos pomares é uma prática cultural muito importante na manutenção anual das plantações, através das correcções orgânicas e minerais ao solo, assim como na realização das adubações minerais.
As correcções orgânicas e minerais ao solo destinam-se à correção e manutenção das características físicas, químicas e biológicas do solo.
Como adubações minerais entende-se o fornecimento dos diferentes nutrientes para o bom desenvolvimento e crescimento das plantas.
A prática da adubação deve basear-se na avaliação da fertilidade dos solos e no estado nutritivo das plantas, de modo à obtenção de frutos de bom calibre e bom estado sanitário
Antes da Plantação
Correcção orgãnica
A matéria orgânica é um constituinte do solo de grande importância, na melhoria da estrutura, na retenção da água e dos nutrientes (complexo argilo-húmico) para a planta, no aumento da capacidade de troca catiónica e na manutenção da fauna biológica do solo.
Um bom nível de matéria orgânica no solo permite a formação do húmus e a mineralização dos nutrientes, que serão posteriormente absorvidos pela planta.
Deste modo, a aplicação da matéria orgânica ao solo, melhora as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.
Assim:
§ As quantidades de estrume a aplicar nos pomares depende do tipo de solo e da sua profundidade e variam entre as 15 a 20 toneladas por hectare, nos solos menos profundos e as 30 a 40 toneladas por hectare, nos solos com maior profundidade.
Na generalidade, o pH óptimo para o bom desenvolvimento do pistácio, situa-se entre os valores de pH 6 e 8.
Atender:
Ø pH do solo (abaixo de 6);
Ø Teor de matéria orgânica;
Ø Textura do solo.
No caso de solos alcalinos, corremos o risco das típicas cloroses férricas, o que nos obriga a acidificar o meio, para o qual podemos aplicar matéria orgânica com efeito acidificante.
Adubação mineral
Antes da Plantação
As quantidades de fósforo, potássio e magnésio a aplicar dependem dos teores existentes no solo, sendo calculados com base nos resultados analíticos das amostras de terra colhidas antes da mobilização do solo.
As quantidades a aplicar variam entre as 50 a 100 unidades de P2O5 e 150 a 200 de K2O.
Após a Plantação
A adubação de produção deve ter em conta os seguintes parâmetros:
Ø Produção esperada;
Ø Estado de fertilidade do solo (análises de terra);
Ø Estado de nutrição do pomar (análises foliares);
Ø Qualidade da água de rega (análises de água de rega);
Ø Necessidades nutritivas do pistácio.
(Continua)
Nota: Artigo publicado na edição impressa da Agrotec 28, no âmbito do dossier dedicado ao tema dos Frutos Secos.
Para aceder à versão integral, solicite a nossa edição impressa.
Contacte-nos através dos seguintes endereços:
Telefone 225899620
E-mail: marketing@agropress.pt