O CNCACSA foi formalmente constituído no passado dia 11 de Setembro, no INIAV, em Elvas. Agricultores, investigadores e entidades da tutela unem-se assim em torno de uma estratégia comum para adaptar a agricultura e as florestas às alterações climáticas e mitigar os seus efeitos.
A iniciativa resulta da ideia da ANPROMIS, ANPOC, ADVID, FENAREG, FNOP e UNAC, envolvendo ainda mais 53 entidades representativas de todo o setor agroflorestal nacional. Nos próximos meses será definido um Plano de Ação, que centrará a sua atividade na inovação, desenvolvimento e investigação.
O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, assinou o protocolo de constituição do CNCACSA e reconheceu a importância de tantas entidades se unirem na procura de soluções para o problema das alterações climáticas. O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, também esteve presente no colóquio onde aconteceu a assinatura dos papéis.
A agricultura e as florestas são das atividades económicas mais expostas à variação do clima e os seus efeitos negativos já são visíveis, indo desde quebras na produção de cereais por ausência de precipitação até perdas consideráveis na vindima provocadas por temperaturas acima dos 40ºC e climas de seca extrema, que se fizeram sentir por todo o território no ano de 2019.
«A gestão da água é a questão mais sensível, não pode haver produção de milho sem água», afirmou Jorge Neves, presidente da ANPROMIS, secundado pelo presidente da ANPOC, José Palha, que disse ser indispensável a prática do “sequeiro melhorado” nos cereais de Outono-Inverno, «a cultura mais afetada pelos fenómenos climáticos extremos». José Manso da ADVID, representando os viticultores, garantiu que «este Centro de Competências é importante para estudar os cenários climáticos e para nos preparamos para o futuro, pois é a viabilidade do país – atividade económica e ocupação do território – que está em causa».
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Fonte: Agrotec
